quinta-feira, 7 de maio de 2009

Lenda da Mal Degolada

Era uma vez um senhor chamado D. Rui Mendes, natural da Facha.
Fiel, valente, poderoso, generoso, corajoso, bom caçador e cavaleiro. Para além disto, era tão bonito que deixava todas as donzelas encantadas por ele. Depois de uma luta contra os mouros, este cavaleiro deixou de ser visto.
D. Rui trouxera desta luta vitoriosa, uma belíssima moira, de nome Zaida. Eles viviam escondidos na torre de granito, que pertencera ao fidalgo. Zaida amava muito este fidalgo. O amor que ele sentia por ela, por vezes tornava-se doentio, chegando a confessar a Zaida que a matava se ela o traísse.
O cavaleiro queria consagrar o seu amor pelo casamento, então procurou um convento, em Refojos, para o celebrar.
A felicidade entre estes jovens não era completa, pois existia a diferença de fé.
Uma noite, D. Rui não encontrou a belíssima moira. Foi andando para a torre e quando chegou perto ouviu vozes e percebeu serem dela e de um homem. D. Rui doido de ciúmes pegou numa faca e deu-lhe um golpe no pescoço. A moira quase morrera. De repente, o fidalgo reparou que o homem era o santo ermita da Serra de Arga.
O santo ermita olha para a moira e diz-lhe:
- Querias ser cristã, vais sê-lo.
O santo com a conca da mão cheia de água, achegou-se de Zaida e diz-lhe:
- “Maria, eu te baptizo em nome do Pai, do Filho e…” antes de acabar a bela moira soltou o último suspiro. D. Rui Mendes com os olhos esbugalhados, viu todo isto sem retirar pé.

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